Arcos de Valdevez é uma vila cujo distrito é Viana do Castelo. Esta vila encontra-se rodeada de natureza verdejante e é banhada pelo bonito Rio Vez, que está inserido no único Parque Nacional do País: o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Para além de toda a sua beleza natural, é também uma terra histórica, pois foi onde se encontraram as tropas de Afonso VII de Leão e de D. Afonso Henriques, em 1140, dando origem à consagração do reino Português e prevalece ainda a ideia de que o Rio Vez levava, até ao Rio Lima, sangue em vez de água no dia do combate.
Quando visitámos Frades, o professor contou-nos e explicou-nos que lá tinha ocorrido uma derrocada, e como as derrocadas são movimentos em massa, provavelmente esta derrocada deveu-se à erosão, ou à pluviosidade em água ou outras razões que fazem com que haja situações como esta. Á medida que o professor ia falando, vimos que a simples razão para ter ocorrido um movimento em massa foi a proximidade entre as rochas. O professor demonstrou-nos ainda umas pinhas que se encontravam roídas e aquilo apenas aconteceria se existissem esquilos.
Nesta paragem apenas observámos a Igreja de S. Pedro que se encontra situada em Rubiães, em Paredes de Coura. É uma igreja românica do século XIII integrada no roteiro dos peregrinos de Santiago, e é como um templo de uma só nave, com transepto e campanário posterior à sua construção.
Serra d’Arga emerge entre as margens do rio Lima e do rio Coura.
Na nossa opinião, esta foi a paragem que mais gostamos, pois nesta observámos um pequeno regato, em que atravessamos para o outro lado do regato, tende havido pequenos percalços. Nesta paragem tudo era bonito.
A sul da foz do Rio Cávado, integrada na Área de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende, a Praia de Ofir, rodeada por dunas e pinhais, é um dos mais belos trechos do litoral norte de Portugal. Uma curiosidade natural é que os rochedos nas marés baixas emergem no mar e que pelo seu formato são popularmente designados por cavalos de Fão. Nos meses de verão a animação não pára. Durante o dia, os banhistas preferem a zona central da praia, enquanto os surfistas elegem a zona sul, com melhor ondulação. Pela noite dentro a agitação continua nos muitos restaurantes, bares e discotecas que rodeiam o areal.
Este é o esporão mais perto da Apúlia. A deriva litoral é de Norte para Sul e quando se constrói um esporão para acumular areia a N ele irá provocar erosão a S, que é o caso que vê nitidamente na figura.
No fim desta aula de campo, penso que todos devem ter ficado cansados mas também muito felizes pois o seu conhecimento melhorou e criou neles outro olhar acerca do que acontece geologicamente no nosso país.
O mar voltou a entrar no parque do Clube de Campismo de Lisboa durante a preia-mar da madrugada de hoje, mas com menos intensidade que terça-feira, revelou o presidente da Junta de Freguesia da Costa da Caparica, António Neves. De acordo com a mesma fonte, o grande problema prende-se agora com o sistema de drenagem da cidade, visto que o novo assoreamento da vala contígua ao Clube de Campismo de Lisboa poderá provocar inundações na Costa da Caparica.
Confirmada está uma nova intervenção das máquinas da protecção civil da Câmara Municipal de Almada, que vão voltar a desassorear a vala assim que o mar o permita.
António Neves, afirmou que o mar “entrou cerca de 30 metros para dentro do parque de campismo, frontal ao paredão destruído”.
De acordo com Luís Duarte, presidente do Clube de Campismo de Lisboa, o mar afectou desta vez mais dois parques de Campismo, nomeadamente o do INATEL e da GNR.
Luís Duarte avalia os estragos no clube de campismo a que preside em milhares de euros e que exige que o governo faça uma reposição de pedra já a partir de hoje.
Segundo a mesma fonte, ainda que a intensidade da maré tenha sido menor do que terça-feira, a gravidade da situação prende-se com a abertura cada vez maior dos quatro rombos existentes no paredão, um dos quais com cerca de 50 metros de extensão na zona frontal ao parque do CCL. O presidente do CCL confirmou à Lusa que durante esta madrugada o mar atingiu cerca de cinco dezenas de tendas.
Assim que a maré baixar está previsto o reinício dos trabalhos por parte do INAG que irá repor as pedras, que foram arrastadas pelo mar, no seu local de origem.
Portugal diário, 2007-03-21
Reflexão:A inundação do parque de campismo da Costa da Caparica deveu-se à entrada das águas do mar. O paredão, construído defronte ao parque de campismo, tem a função de evitar o avanço do mar em direcção ao parque de campismo.
A maior queda de água de Portugal - as Fisgas de Ermelo-, localizada no Parque Natural do Alvão (PNA), poderá “ser seriamente” afectada com a construção da barragem de Gouvães, alertou um especialista da Universidade de Vila Real. Rui Cortes, professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e especialista da área do ambiente, afirmou à Agência Lusa que a construção de quatro barragens na bacia hidrográfica do Tâmega e de três derivações de cursos de água vão “alterar completamente” a zona envolvente a este rio e até mesmo o Parque Natural do Alvão (PNA). Uma dessas derivações, refere, é o rio Olo, que alimenta as Fisgas de Ermelo, aquelas que são consideradas as maiores quedas de água de Portugal e uma das maiores da Europa, anualmente visitadas por milhares de pessoas. (…) Segundo explicou o especialista, a barragem de Gouvães, a construir no rio Torno, vai derivar água de dois afluentes, o Olo - na zona a montante das Fisgas - e Alvadia. “ Ou seja, o caudal que actualmente alimenta as Fisgas será reduzido ao mínimo, afectando seriamente esta queda de água, que desaparecerá nos moldes em que a conhecemos actualmente, e o próprio PNA”, sublinhou o responsável. (…) As Figas de Ermelo estão localizadas na freguesia de Ermelo, Mondim de Basto, e possuem um desnível que se estende ao longo de 200 metros de extensão, separando as zonas graníticas das xistosas das terras envolventes. (…) Mas Rui Cortes vai mais longe e diz que a construção das quatro barragens vai transformar o rio Tâmega “ praticamente numa grande albufeira” com cerca de 150 quilómetros, desde a fronteira, em Espanha, até Amarante. A tudo isto vai ser acrescentada, mais tarde, a construção se uma outra barragem – a de Fridão- próxima de Amarante. Cortes salientou ainda que a construção destas barragens vai afectar “parte das vilas de Mondim de Basto e Ribeira de Pena e mais de 10 aldeias ribeirinhas” deste território. (…)
Jornal de Notícias, 2008-09-11 (adaptado)
Reflexão:A construção de barragens provoca a retenção de sedimentos a montante. Assim, a quantidade de sedimentos que chega à foz dos rios é menor. Desta forma, a quantidade de sedimentos disponíveis ao longo do litoral para repor aqueles que são removidos por erosão é menor. Este fenómeno faz acentuar os fenómenos de erosão na linha de costa, que passa a ser caracterizada pelo seu recuo. Na zona a imediatamente a jusante da barragem, os fenómenos de erosão são mais importantes do que os da sedimentação.
A criação de uma albufeira irá ocupar terrenos agrícolas.
Manila, 25 Dez (Lusa) - Um forte sismo de magnitude 6,2, segundo o Instituto de Geofísica Norte-Americano (USGS), ocorreu hoje no Sul das Filipinas semeando o pânico entre os habitantes, mas sem provocar vítimas ou danos materiais.
O epicentro do abalo registado às 03:20 (hora de Lisboa) localizou-se cerca de 55 quilómetros a sudeste da cidade de General Santos na grande ilha meridional de Mindanao.
Para medir a potência de um sismo, o USGS utiliza "a magnitude do momento" (Mw), que está directamente relacionada com os parâmetros do sismo (superfície e quantidade de deslizamento sobre a falha).
Nesta escala aberta, um sismo que atinge uma magnitude de pelo menos 6 é considerado como forte.
"Nós não esperamos danos significativos", afirmou no entanto Renato Solidum, do instituto filipino de Vulcanologia e Sismologia.
São esperadas réplicas após o abalo, que ocorreu a uma profundidade de 184 quilómetros, acrescen-tou.
Na cidade de General Santos, na ponta sul de Mindanao, os edifícios oscilaram provocando um movimento de pânico entre os habitantes, que se refugiaram nas ruas a rezar.
As Filipinas, um arquipélago que conta com mais de 7.000 ilhas, situa-se sobre a Cintura de Fogo do Pacífico, zona onde se encontram placas tectónicas, o que provoca uma forte actividade sísmica e vulcânica.
As zonas costeiras são características pela intensa acção da água do mar sobre o litoral, resultante do movimento das ondas e correntes marinhas. A actividade geológica do mar compreende a erosão, o transporte de sedimentos e a respectiva acumulação. Esta acção dá origem a formas de relevo de erosão, como as arribas, e formas de deposição, de que são exemplo as praias, resultantes da acumulação de sedimentos em faixas junto à orla costa.
Factores de risco e consequências possíveis:
- Ocupação antrópica de zonas da orla marítima que acarrete a destruição de formações geológicas, como as dunas, que protegem o litoral da acção erosiva do mar e dos ventos.
- Construção em zonas de arriba que aumentam a possibilidade de derrocadas.
Prevenção:
- Planos de ordenamento da orla marítima que permitem uma ocupação destes locais e a demolição das construções que não respeitam esses planos de ordenamento, minimizando o risco geológico.
- Construções artificiais com vista a regularizar os ritmos de abrasão e deposição do mar, como paredões (construções paralelas à linha de costa) e esporões (construções perpendiculares à costa). Estas construções resolvem os problemas num determinado local e agravam-no noutros, provocando a necessidade de novas intervenções.
Reflexão:
As zonas costeiras são caracterizadas pela inversa acção da água do mar sobre o litoral. Assim, devemos evitar a construção de portos ou marinas, pois podem provocar alteração de correntes marinhas. Isto altera os ciclos de abrasão e de deposição marinhos, provocando, por exemplo, a erosão interna de uma praia. Portanto para minimizar este problema, as construções artificiais com vista a regularizar os ritmos de abrasão e deposição do mar como os paredões e os esporões seriam a melhor solução.
Fonte: Silva, A. ; Gramaxo F.; Santos M. ; Mesquita A. E Baldaia L. Porto Editora (2003), “ Terra, Universo de Vida”, Geologia -11ºano.